DízimoEstudos Bíblicos

Dízimo – Lei ou princípio?

A realidade é que algumas pessoas são contra o dízimo porque, na verdade, não o compreendem. A prática do dízimo é, antes de tudo, uma atitude de FÉ, estabelecida sobre princípios espirituais de obediência, aos quais Deus contempla e responde, segundo as suas próprias promessas acerca dos que tem coragem de praticá-lo.

Dízimo é PRINCÍPIO. Foi praticado por Abraão e por Jacó, e isso ANTES da lei de Moisés. O objetivo primeiro da prática do dízimo por esses patriarcas demonstra ser uma ação, segundo a fé, em honrar a Deus pelo que dEle alcançaram: Abraão, nos despojos de guerra; e Jacó, na assistência de Deus.

Depois, o dízimo esteve presente na Lei, e até hoje, na graça, CONTINUA sendo uma prática de fé. Esse princípio de honra estava presente até mesmo na Lei:

1- Os dízimos eram dados em honra a Deus pelos frutos da terra que dEle receberam, quando nela entraram e a habitaram (Dt.26:1); “…E eis que agora EU TROUXE as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, ME DESTE (Dt. 26:10), … e isso faziam quando acabavam de DIZIMAR todos os dízimos da novidade da terra (Dt. 26:12);

2- Dízimos também eram considerados como “oferta”: “…Mas os dízimos dos filhos de Israel, que eles como uma oferta alçada ao Senhor,..” – (Nm. 18:24)

3- Os dízimos supriam as necessidades dos que trabalhavam no tabernáculo e no templo (Nm. 18:21); dos quais, eles mesmos que recebiam o dízimo também dizimavam, seguindo o mesmo princípio (N|m. 18:26); – O dízimo também assistia aos necessitados e estrangeiros (Dt. 26:12);

Vemos então, como estão EVIDENTES, que esses “princípios” PREVALECEM também na graça, pois as contribuições NÃO OBRIGATÓRIAS, movidas por fé e alegria fundamentadas na REGULARIDADE, PROPORCIONALIDADE e GENEROSIDADE, entram na “casa de Deus”, para suprir não só os que nela trabalham, como também as suas obras sociais, que envolvem os necessitados dentre o povo, e até mesmo os “não-crentes” (estrangeiros).

Portanto, são três os pilares que sustentam o dízimo:

1- REGULARIDADE – Uma atitude que se mantém com constância, estável, ou seja, o ato de contribuir sempre; Isso tanto está no dízimo como Lei, como também como princípio no NT. – Paulo faz referência à regularidade da igreja de Corinto, referindo-se à contribuição que eles praticavam como um “firme fundamento de glória” (1 Cor. 9:4), e ao mesmo tempo deixa claro que o ato de “semear” faz multiplicar a sementeira, num círculo contínuo, regular, pois enquanto se estiver semeando estará também colhendo. – (2 Cor. 9:10)

2- PROPORCIONALIDADE – É uma referência à proporção do que se dá, em relação ao que se ganha. No dízimo da Lei, a décima parte; No NT, se dá conforme o que se ganha, e também segundo o que se tem, e não segundo o que não tem (2 Cor 8:12-15); – Assim, o que muito colhe muito dá.

3- GENEROSIDADE – É a ação de dar sem exigências; a generosidade era expressa na obediência ao que se trazia com honra, à exemplo do que moveu Abraão e Isaque; – Da mesma forma no NT, a generosidade do que dá com alegria, e não por necessidade. (2 Cor. 9:7)

Assim, o dízimo é um princípio presente na vida dos filhos de Deus, e isso antes, durante e depois da Lei. Se nossas “contribuições” com a obra de Deus detiverem a regularidade, proporcionalidade e generosidade, nós estaremos “dizimando”, ainda que alguém discorde da nomenclatura.

Logo, o PRINCÍPIO que move o dízimo e a oferta na Lei, é o mesmo: Honra e gratidão. “…E eis que agora EU TROUXE as primícias dos frutos da terra que tu, ó Senhor, ME DESTE!” – (Dt. 26:10)

Lembrando que essa “oferta de primícias” era o mesmo que o “dízimo da novidade da terra”; Portanto, a ÚNICA DIFERENÇA entre o “princípio” presente no dízimo de Abraão e Jacó, e o incluído na Lei, é justamente a OBRIGATORIEDADE, o que os patriarcas faziam por princípio, Israel fez por obrigação. – Assim, a prática do dízimo, na graça, é EXATAMENTE a mesma observada na vida dos patriarcas e na Lei, porém, SEM a obrigatoriedade.

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