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Existe “Pecadinho e Pecadão”?

 

Não! È preciso não confundir “grau de gravidade” com “grau de castigo”. Se dissermos que há “pecadinho ou pecadão” estaremos afirmando que um pecado é mais “grave” que o outro, ou que o seu “tamanho” é maior que outro;

No entanto, uma vez que o salário de TODO pecado (seja ele qual for) é a morte, isso anula o conceito de “grau de gravidade”, porque não há modulação da natureza do pecado, pois TODO pecado é grave! Assim, haverá no inferno tanto o mentiroso quanto o assassino, tanto o maldizente quanto o ladrão, como está evidente no contexto Bíblico (1 Cor. 6:10).

Porém, é preciso considerar que enquanto não há grau de gravidade em relação ao pecado, há grau de castigo em relação à culpa, ou seja, a punição poderá ser mais severa para uns do que para outros, mesmo que tenham cometido o MESMO pecado (Lc.12:47,48).

A severidade no castigo diz respeito à natureza da culpa e não à natureza do pecado. Jesus repreendeu as cidades impenitentes considerando serem elas dignas de mais duro rigor no juízo pela sua postura incrédula, do que Sodoma pela sua degradação moral e perversidade sexual (Mt. 11:21-24).

Portanto, Deus abomina a todo pecado pois todo pecado é iniquidade (1 Jo 3:4), considerando ainda que o pecado é, antes de tudo, uma questão de natureza, visto que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm. 3:23). Nisso fundamenta-se, outra vez, o fato de que: o que altera o rigor do juízo não é o pecado, mas a culpa.

Jesus disse à Pilatos que Judas era “culpado de um pecado maior” por tê-lo entregado (Jo 19:11), ainda que o governador foi quem autorizou o cumprimento da injusta sentença; ou seja: Tanto Judas quanto Pilatos pecaram contra o Filho de Deus, mas Judas tinha, aos olhos de Cristo, uma “culpa maior”; Pedro negou a Cristo e Judas o traiu.  À grosso modo, ambos pecaram “igualmente” contra Jesus; no entanto, Pedro negou por medo, e Judas traiu por dinheiro. Isso faz toda a diferença, uma vez que o que “pesa” no grau de castigo no juízo, novamente, é a natureza da culpa e não do pecado.

Assim, ainda que haja rigor maior ou menor na condenação dos pecados, TODOS, de qualquer forma, LEVAM À MORTE, pois o salário do pecado (grande ou pequeno) é a morte! – (Rm. 6:23).

Temos então um padrão no rigor do pecado mas não no rigor do juízo.

Se quisermos considerar algum grau de severidade, que seja em “culpadinho e culpadão” e não em “pecadinho e pecadão”.

Pr. Fabricio T. Costa

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